domingo, 24 de abril de 2011

Eu, por mim mesma e esse insaciável objeto do desejo


Mesmo por coisas vazias no calor extremo do momento, estou quente.
Mesmo por noites mal dormidas com o ódio no peito me sinto calorosa.
Mesmo pela raiva súbita dos instantes passados, da montanha russa do momento, eu quero mais eu desejo mais e eu exijo mais.
Mesmo pelas palavras não ditas e pelos ventos uivantes do não proferido eu preciso novamente.
Mesmo por assim ser eu fico e me sinto anestesiada pela vontade doentia, pelo fervor que sempre anseio e pede mais.
E mesmo por sempre estar subindo pelas paredes por estar tonta pelo ocorrido, mesmo odiando é que eu gosto mais e odeio mais e quero mais, esse gostar; é excitante é orgástico é quente é lascivo como sou e como gosto e como sempre quero mais.
Sem palavras para descrever o ''T'' desse momento súbito, quem vem e que vai, que sobe e que desce; sem aviso prévio.
Eu, pervertida ...
Eu, minha amante ...
E por fim, senão nunca haverá fim, eu que sou aquela composta e despida do pecado...
... Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.

                          Eu, por mim mesma.







                                                Insaciável objeto do desejo...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eu sou composta e despida do pecado...

   Eu... Como posso me exibir?Como posso me ocultar?Como posso me envenenar?Como posso me desejar?Como posso me descrever?!

  Sinto a doçura do mel que escorre minha láscivia,sinto o cheiro do aroma que transborda pelos ares de minha  maldade insana.Eu pecadora de mim,Eu gosto do meu próprio veneno,Eu traiçoeira de mim mesma.Eu como sou e como quero ser.
 Sou a minha maior inimiga,Sou o meu melhor prazer e minha maior vontade.Sou aquela que satisfaz a si mesma.Sou o meu próprio pecado.Sou o meu ímpuro veneno.Sou cada pedaço infernal de mim...
 Sinto prazer em me tocar,Sinto calor em me amar,Sinto tezão em me desejar e em me odiar.Sou anjo sem forma alada,Sou menina atentada e mulher emdiabada.Sou a insaciável,aquela que penetra o impenetrante.Sou o meu maior jogo perigoso.Sou o meu êxtase extremo.Sou o meu múltiplo orgasmo.Sou aquela que sempre quer e precisa de mais.
 Posso ser a sua maior inimiga,posso ser a sua melhor boneca mais gosto mesmo quando sou a sua melhor amante.Sou mulher traiçoiera,posso ser a mulher fatal,mas posso me ocultar na garotinha porcelana.
 Sou a tentação em pessoa,sou o perigo,o veneno,a diaba.Sou mulher de escorpião.
  Sou a satisfação mais quente,o gosto mais viciante,a vontade mais louca e o síntoma dominante.
   Sou o poder,a coragem a ousadia e a idéia mais insana.Sou o sentimento mais forte,o ser mais complexo e o apetite mais voraz.Sou um delírio ensandecido.Sou aquela cujo qual de delícia ao voar.Sou aquela que não tem os pés no chão e que alcança vôo distante e perturbante.Sou o que eu quero ser.Sou aquela temida de características ímpares.Sou sua interrogação inerente.Sou o que você jamais poderá decifrar.Sou uma pergunta e jamais seria uma resposta.Sou a cor do pecado,Sou o red in black.Sou o disfarce do seu pensamento.Sou veroz,o ponto,a vírgula e também posso ser reticências...Sou o meu próprio significado.Sou minha verdade absoluta.Sou minhas próprias palavras.Sou minha doença.Sou o meu mais prazeroso jogo perigoso.Sou aquela que sente prazer em voar,mas que ainda não aprendeu a deixar de voar em qualquer vento.Sou a teimosia em pessoa.Sou o obscuro que existe.Sou a secreta o perigo que fascina.Sou a impulsividade.O disfarce.Sou excêntrica.Sou sem nexo e sem rumo.Sou meu devaneio e prefiro ser o a minha divagação noturna.Sou diferente.Sou sempre eu mesma.Sou inconstante.Sou de lua.Sou mais volátil que éter.Sou mandona.Sou a mulher infernal.Sou o silêncio da noite.Sou o meu medo e a minha redenção.Sou idealista.Sou crítica.Sou observadora,crítica e ativa.Posso ser o andar da carruagem.Sou vingativa.Jamais subestimem minha inteligência.Sou a minha escrita,Sou a minha canção distorcida.Sou mulher que exige a escrita inacabada...


    



Sou aquela composta e despida do pecado.



       

Pensamentos traiçoeiros

 Em segundos sinto a falta e o anseio do que quero,do que desejo e do que preciso.É um querer que me traz medo,que me joga contra mim mesma,é um sentir com ódio misturado ao amor.
 Tenho doentios e ímpuros Déjá vus.Sinto uma saudade que me consome a alma,que invade os meus traiçoeiros pensamentos,que por vezes adota o meu ser.
 Necessito de me afastar do tempo,daquele cujo qual me sinto perto,praticamente lado a lado.Esse tempo que me traz lembranças das quais eu preciso me esquecer,que eu quero apagar de meus pensamentos traiçoeiros. 
 Eu quero ser e estar distante,seí que posso me levar para longe daqui,como era antes,como fui um dia.
 Preciso de algo que possa me fazer esquecer,que possa me fazer levar embora tudo o que mais desejo,e tudo o que não mais tenho.
 Se eu pudesse eu não mais teria,se eu quisesse eu jogaria fora,mas eu posso e quero não poder ter e jogar.
 Isso me maltrá-ta,me destrói,me rouba e me alimenta.É como o vinho que mata a minha sede e me faz viciar.E eu detesto essa forma de necessitar de precisar e de adorar a odiar.
 Eu simplesmente sinto a falta de tudo o que não tenho,de tudo que me faz pirar,amar,odiar e gostar.Esse veneno me alimenta,me completa e me transforma no que eu mais tenho medo de ser.
 Não seí aonde isso tudo vai ficar,não aguardo que isso tudo termine mas espero que isso tudo não vire uma tragédia.
 Aos meus doces e deliciosos pensamentos traiçoeiros que eu odeio e me apaixono tanto. 
 

sábado, 2 de abril de 2011

Por um sentido qualquer...

  Ao percorrer por entre e dentre espinhos,por tudo que fui e que sou,me sinto assim um sentir sem sentido,um sentir com sentido,por tudo que fui e por tudo que desejo ser.
 Ao me deparar com o nada me vi e me senti com o tudo,ou com o quase tudo,não estava saciada...
 Ao me ver diante do gostar fiz sentir-me segura mesmo sabendo que não estava e perdoei novamente.E foi em vão.A face do vazio me tocou brevemente e calmamente com fervor.
 Ao ansiar por reviver o não vivido,o não sentido e o não tocado;eu tropecei e me joguei perante a dor,ela foi doce,um doce quase amargo mas aquele doce procurado.
 Ao me procurar mediante a saudade,ela se fez presente no esquecimento do que era e do que não é mais,ela me abraçou cuidadosamente e magnificamente bem,de tão falsa ela foi verdadeira por enlaçar-me pois sabia que eu a desejava com todo o meu ser,perante e diante o tudo e o nada.
 Ao me sentir envolvida pelo doce eu quis com toda minha vontade e desejei obcecadamente o amargo,algo tão forte,fui sarcasticamente envolta pela loucura de mim.
 Ao me envolver com a loucura eu me conheci,eu me senti e reconheci...Ela me acolheu prazerosamente,e eu me senti segura de mim,eu me encontrei...