sábado, 2 de abril de 2011

Por um sentido qualquer...

  Ao percorrer por entre e dentre espinhos,por tudo que fui e que sou,me sinto assim um sentir sem sentido,um sentir com sentido,por tudo que fui e por tudo que desejo ser.
 Ao me deparar com o nada me vi e me senti com o tudo,ou com o quase tudo,não estava saciada...
 Ao me ver diante do gostar fiz sentir-me segura mesmo sabendo que não estava e perdoei novamente.E foi em vão.A face do vazio me tocou brevemente e calmamente com fervor.
 Ao ansiar por reviver o não vivido,o não sentido e o não tocado;eu tropecei e me joguei perante a dor,ela foi doce,um doce quase amargo mas aquele doce procurado.
 Ao me procurar mediante a saudade,ela se fez presente no esquecimento do que era e do que não é mais,ela me abraçou cuidadosamente e magnificamente bem,de tão falsa ela foi verdadeira por enlaçar-me pois sabia que eu a desejava com todo o meu ser,perante e diante o tudo e o nada.
 Ao me sentir envolvida pelo doce eu quis com toda minha vontade e desejei obcecadamente o amargo,algo tão forte,fui sarcasticamente envolta pela loucura de mim.
 Ao me envolver com a loucura eu me conheci,eu me senti e reconheci...Ela me acolheu prazerosamente,e eu me senti segura de mim,eu me encontrei...



 

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