domingo, 24 de abril de 2011

Eu, por mim mesma e esse insaciável objeto do desejo


Mesmo por coisas vazias no calor extremo do momento, estou quente.
Mesmo por noites mal dormidas com o ódio no peito me sinto calorosa.
Mesmo pela raiva súbita dos instantes passados, da montanha russa do momento, eu quero mais eu desejo mais e eu exijo mais.
Mesmo pelas palavras não ditas e pelos ventos uivantes do não proferido eu preciso novamente.
Mesmo por assim ser eu fico e me sinto anestesiada pela vontade doentia, pelo fervor que sempre anseio e pede mais.
E mesmo por sempre estar subindo pelas paredes por estar tonta pelo ocorrido, mesmo odiando é que eu gosto mais e odeio mais e quero mais, esse gostar; é excitante é orgástico é quente é lascivo como sou e como gosto e como sempre quero mais.
Sem palavras para descrever o ''T'' desse momento súbito, quem vem e que vai, que sobe e que desce; sem aviso prévio.
Eu, pervertida ...
Eu, minha amante ...
E por fim, senão nunca haverá fim, eu que sou aquela composta e despida do pecado...
... Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.

                          Eu, por mim mesma.







                                                Insaciável objeto do desejo...

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